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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Imobiliário mantém-se desvalorizado

Depois do FMI ter mencionado que o mercado imobiliário nacional se encontrava subavaliado, vem agora a OCDE, no seu relatório económico, dizer o mesmo. Portugal, juntamente com a Irlanda, Grécia, Japão e Alemanha são uma boa opção de investimento. Já países como Canadá, Reino Unido, Bélgica, Austrália, Nova Zelândia e Noruega, encontram-se sobrevalorizados:

Infografia: The Telegraph

Mas qual a base usada pela OCDE para determinar os mercados que podem estar ou não sobre ou subvalorizados? A OCDE usa 2 métricas:
  • Price to rent ratio: comparação do preço do imóvel com a renda. Caso o rácio seja muito elevado, pode significar uma sobrevalorização do mercado. Equivale a um price earnings ratio para o imobiliário;
  • Price to wage ratio: comparação do preço do imóvel com o vencimento médio no País. Pretende observar a capacidade de pagar um imóvel por via de rendimento de trabalho.
As contas que a OCDE faz são simples: determina cada um dos rácios e depois compara-o com a média de longo prazo. Se o valor obtido for acima de 100, o mercado poderá estar sobrevalorizado; abaixo de 100, pode estar subvalorizado. E é este o resultado obtido para Portugal.

As métricas têm o seu valor e, confesso, gosto bastante delas. Mas dizer que um mercado está sobre ou subvalorizado, comparando com uma média histórica, parece-me um pouco demais. Então e a célebre frase, "rentabilidades passadas não são garantia de rentabilidades futuras"? Basta olhar para o Japão e tirar as devidas conclusões.

No limite, parece-me equilibrado dizer que o mercado, hoje em dia, vale menos do que valia antes. Mas para isso, não sei se seria necessário fazer tanta conta...

Bons negócios (imobiliários)!

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