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quinta-feira, 2 de junho de 2016

Arrendamentos de longa e curta duração

O mercado imobiliário em Lisboa tem-se valorizado bastante, principalmente em zonas mais centrais, históricas e turísticas, muito devido ao aumento do turismo na cidade com consequente proliferação do Alojamento Local. De facto, muitos proprietários, perante a dificuldade em encontrar bons arrendatários e as baixas rentabilidades que poderiam obter de um arrendamento urbano do seu imóvel, optaram por colocá-los em Alojamento Local em busca de rentabilidades superiores. Muitos investidores compraram apartamentos em Lisboa nos últimos anos à procura também dessas rentabilidades.

No entanto, mais rentabilidade, mais risco. Não há como não sê-lo. Por isso, no momento de decidir entre arrendar a sua casa com um contrato de longa duração (clássico arrendamento urbano), ou com um de curta duração (os conhecidos short-term rentals), há que avaliar bem os riscos e analisar as vantagens e desvantagens de um e outro.

Parece algo evidente que a grande vantagem de um arrendamento urbano será a estabilidade dos rendimentos, apesar de potencialmente inferiores. Lá está, menos risco, menos rentabilidade. Quem investe para um arrendamento de curta duração, procura rendimentos superiores mas tem de trabalhar bastante mais para "garantir" ocupação, que é sazonal.

Outra vantagem dos arrendamentos de longa duração passa pelo facto dos custos com consumíveis (água, luz, gás) serem da responsabilidade do arrendatário, algo que não acontece nos short-term rentals. Além disso, tipicamente a casa é arrendada devoluta, enquanto que no 2º caso ela terá de estar totalmente mobilada e equipada, tendo de haver natural cuidado com a decoração. O investimento é, por isso, superior.

No entanto, o arrendamento urbano acarreta sempre riscos relacionados com a qualidade do inquilino. Todo o proprietário teme arrendar a sua casa a um mau pagador e ter de entrar com um processo de despejo, sempre moroso e dispendioso. Esta é uma desvantagem que não ocorre nos arrendamentos de curta duração.

O quadro seguinte procura resumir as vantagens e desvantagens de ambos. No final, há que fazer bem as contas e entender que riscos se pretendem assumir.


Bons negócios (imobiliários!)

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Por Gonçalo Nascimento Rodrigues
Main Thinker, Out of the Box

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